Wilson Aquino*
A persistência de maus governantes e autoridades públicas na busca de eleição e reeleição, em todos os níveis do poder, constitui uma preocupação crítica para o Brasil. Até quando cidadãos brasileiros continuarão escolhendo líderes que, ao invés de representar o povo, estão envolvidos em escândalos e crimes contra o patrimônio público? Por que vereadores, prefeitos, deputados estaduais, governadores, deputados federais, senadores e até presidente da República são eleitos e reeleitos, mesmo diante de evidências incontestáveis de incompetência ou de envolvimento em corrupção e atividades ilícitas de toda ordem?
A tranquilidade com a qual esses políticos corruptos se mantêm no poder suscita uma questão urgente: Por que o povo permite que isso aconteça, mesmo quando as provas de seus crimes são evidentes? É inacreditável como esses indivíduos conseguem manipular até o sistema judicial a seu favor para continuarem no poder.
A falta de esclarecimento, consciência e determinação do eleitorado ao exercer seu poder nas urnas contribui para a continuidade dessa situação lamentável. É crucial que a população se capacite para escolher representantes de maneira bem informada e determinada, a fim de afastar não somente os corruptos e incompetentes da vida pública, mas também aqueles que defendem ideologias nefastas ao interesse público, como a destruição das famílias, da igreja e a doutrinação de crianças sobre questões de gênero e orientação sexual, por exemplo.
Esses parlamentares, homens e mulheres, precisam ser identificados e trabalhados para que não voltem mais ao parlamento ou a qualquer outra função pública pelo poder do voto.
Torna-se necessário inspirar e encorajar novos líderes a se envolverem na política, não por interesses pessoais, mas pelo compromisso genuíno com o progresso da nação. A renovação no cenário político é vital para construir um futuro onde a honestidade, a dedicação e a representatividade prevaleçam sobre interesses individuais e corruptos.
Nesse contexto, é imperativo destacar a importância da educação cívica e política desde as fases iniciais da formação dos cidadãos. A família tem um papel preponderante nesse sentido, pois é lá, no lar é que essa semente deve ser plantada e adubada.
Ademais, a necessidade de uma reforma política torna-se evidente. Mecanismos que promovam maior transparência, responsabilidade e punições efetivas para casos comprovados de corrupção são essenciais. A sociedade deve pressionar por mudanças nas leis eleitorais e no sistema de representação, garantindo que apenas candidatos idôneos e comprometidos com o bem-estar coletivo possam ocupar cargos públicos.
Outro ponto crucial é a promoção da participação ativa da juventude na política. Estimular o engajamento político desde cedo pode criar uma geração de líderes comprometidos com valores éticos e progressistas.
Por fim, a sociedade civil organizada desempenha um papel vital na fiscalização e no combate à corrupção. Em síntese, a urgência de novos políticos está intrinsecamente ligada à necessidade de uma cidadania ativa, informada e comprometida com a construção de um país mais justo e ético. A transformação do cenário político requer esforços conjuntos de diversos setores da sociedade, visando a construção de uma democracia mais robusta e representativa.
A formação de jovens críticos, comprometidos com a justiça e o bem-estar coletivo, é um papel fundamental da família na construção de uma sociedade mais robusta e ética. Ao fornecer uma educação que incentiva o pensamento crítico, os valores éticos e a responsabilidade social, as famílias contribuem diretamente para a criação de cidadãos conscientes de seu papel na comunidade. Jovens que são orientados a questionar, analisar e buscar soluções para os desafios sociais tornam-se agentes de mudança capazes de promover uma cultura de respeito, igualdade e justiça.
Encerrando nossa reflexão sobre a necessidade de novos políticos e o papel da família na formação de cidadãos éticos, recordamos as palavras de Deus que ressoam a importância de líderes comprometidos com a justiça e a integridade. No Livro de Provérbios(29:2) encontramos a seguinte passagem: “Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando o ímpio domina, o povo geme”. Essa sábia orientação destaca a relevância de escolhermos governantes que, em sua trajetória, demonstram retidão e empenho no serviço ao bem coletivo. Que possamos buscar inspiração nessas palavras para orientar nossas escolhas políticas e contribuir para a construção de uma sociedade justa, equitativa e guiada pelos princípios morais e espirituais que promovem o bem-estar comum. Que o anseio por bons líderes seja um guia para as futuras gerações, moldando um futuro onde a ética e a justiça prevaleçam em todas as esferas da vida pública.
*Jornalista e Professor