Prefeita se reelegeu fazendo história: é a primeira mulher que sai das urnas como titular para governar Campo Grande
Em Campo Grande, o resultado numérico da sucessão municipal de 2024 foi o prêmio das urnas a um trio feminino que, em seus respectivos campos de atuação, fez a melhor leitura das vontades e expectativas dos mais de 646 mil homens e mulheres com direito ao voto. Dons e princípios pessoais como a apurada sensibilidade, a firmeza força conceitual e o olhar contemporâneo garantiram à prefeita Adriane Lopes (PP) o caminho seguro que a conduziu à histórica vitória.
Primeira mulher na história local a sair direta e legitimamente das urnas para governar o centenário município e liderar a sua gente, Adriane Lopes (PP) é dona de méritos indiscutíveis que a consagram complexa e desafiadora trajetória da vida pública. Movida por sentimentos cristãos, mas sensível à pluralidade dos ambientes humanos, fez da política não apenas um alicerce afetivo de apoio ao marido, o deputado estadual Lídio Lopes, mas também uma ferramenta poderosa para dar a sua coragem e inteligência ao bem comum.
SABER ESCOLHER – No conjunto de suas qualidades, uma ficou ainda mais visível nesta eleição: a sabedoria para fazer as escolhas na sua base de apoio gerencial e político. Assim, equacionou problemas complexos, como fazer do diálogo a chave para saudáveis parcerias, quebrar diplomaticamente as eventuais resistências e destravar imbroglios políticos. Um destes impasses aconteceu quando ela teve que encontrar alguém para substituir o deputado federal Luiz Ovando (PL), que foi o primeiro vice escolhido para sua chapa.
Em vez de chamar outro político para a chapa, Adriane surpreendeu gregos e troianos: convocou uma técnica, a odontóloga Camila de Oliveira, diretora do Instituto Municipal de Previdência, até então uma figura quase anônima. Discreta, contudo eficiente operadora nas missões que a prefeita lhe confiava, logo demonstrou o acerto de sua escolha e se estabeleceu em um contexto destacado no organograma político da campanha.
SUPORTE DECISIVO – Para fazer o “tijolo a tijolo” na edificação política de sua candidatura, Adriane Lopes viveu momentos determinantes. Um deles foi quando decidiu deixar o Patriotas, que ficou acanhado diante da crescente dimensão de sua estatura política, e precisava buscar uma sigla melhor ajustada. E já corria nesta faixa a senadora Tereza Cristina (PP). Antes mesmo de se eleger senadora, ela tinha a amiga Adriane como uma aposta das mais qualificadas para compor em seus projetos futuros, entre eles o de fixar-se como uma opção para a sucessão presidencial de 2026 ou se fortalecer como interlocutora do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No ato em que abonou a filiação de Adriane ao PP, Tereza Cristina não só carimbou seu apoio à candidatura pela reeleição como assegurou, com todas as letras, que a prefeita avançaria ao 2º turno e sairia vencedora da disputa, com seu irremovível apoio. Cumpriu a palavra. Na organização, nos bastidores, nos palanques, nas articulações para ampliar o círculo de aliados e até nas demandas operacionais de mobilização e propaganda a senadora foi uma das peças-chave para o passo-a-passo da eleição nos dois turnos.
Neste bem-sucedido panorama político-eleitoral, a prefeita não tem economizado agradecimentos à população, aos assessores e aos parceiros e parceiras que fizeram a árdua caminhada. Todavia, não há como deixar de reconhecer que as eleições campo-grandenses de 2024 tiveram no núcleo de suas decisões mais importantes, sobretudo na apuração final dos votos, um protagonismo diferenciado desse trio de mulheres que interpretou com precisão o que poderiam oferecer para realizar os desejos legítimos de toda a população.