Nesta quarta-feira (19), o projeto Transforme, do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), finalizou mais uma etapa com a entrega de 52 celulares para o diretor da E.M. Profº João Candido de Souza, Cleverton Duarte Gonçalves. “Nossa comunidade fica muito feliz porque estes aparelhos darão acesso a muitos trabalhos pedagógicos na unidade escolar. Os alunos estão ansiosos para a chegada deste momento, para começarem os trabalhos escolares”, afirmou o gestor.
Para a Promotora de Justiça e autora do projeto, Jiskia Sandri Trentin, a finalidade do Transforme tem feito diferença na educação pública de Campo Grande. “Temos resultados positivos graças a todos os nossos parceiros envolvidos, a Agepen e as instituições de ensino. Os aparelhos são reformatados pelos acadêmicos e, posteriormente, entregues aos alunos das escolas municipais de Campo Grande para que eles possam usufruir dessa tecnologia para o próprio aprendizado”, explicou.
Conforme o coordenador do Laboratório de Análise e Teste de Software da UCDB, Marcos Alves: “Os acadêmicos fazem a parte de limpeza, higienização, separação, reset dos celulares. E esse trabalho tem grande impacto, uma grande diferença no dia a dia deles porque é uma ação, um projeto no qual o resultado é algo simples na área de formação deles, mas tem um valor imensurável para o próximo, para quem vai utilizar os aparelhos, no caso, os alunos”, comentou.
O Projeto
Em quatro anos, o Transforme já fez a entrega de mais de 1,1 mil doações, principalmente para crianças de comunidades indígenas e da área rural.
O projeto visa reaproveitar aparelhos celulares apreendidos em “pentes finos” realizados nas unidades prisionais de Mato Grosso do Sul, onde seu uso é proibido, os quais, até então, eram preparados para destruição.
Assim, após a conclusão do processo administrativo ou judicial, mediante pedido do MPMS ao juízo da execução penal, é acionada a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para efetuar a doação dos aparelhos à Secretaria Municipal de Educação (Semed).
Esses aparelhos que seriam destruídos são separados na sede da Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (GISP/Agepen) e encaminhados para a devida formatação pelos estudantes universitários. Somente após todo esse processo, os aparelhos são entregues aos alunos da rede pública de ensino, com a finalidade da inclusão digital da população menos favorecida, reduzindo a desigualdade de acesso ao ensino.
Texto: Karla Tatiane
Fotos: Assecom MPMS
Revisão: Rejane Sena
Fonte: Ministério Publico MS
