Cada pessoa pode ter seu nome próprio definido por um sinal em Libras (Língua Brasileira de Sinais) na comunidade surda. Neste Dia do Surdo, a Câmara publicou nas redes sociais (@camaracgms) um vídeo mostrando o sinal de cada um dos 29 vereadores.
Estes sinais estão presentes no dia a dia da Câmara Municipal de Campo Grande. Todas as sessões ordinárias e Audiências Públicas contam com transmissão ao vivo pela TV Câmara, no canal 7.3, e no Youtube da Casa de Leis, as quais contam com acessibilidade em Libras.
Mas, você sabe como é feita essa definição dos sinais? A intérprete de Libras Helga Pereira explica que os sinais precisam ser definidos pelo surdo, que observa as características da pessoa, tanto em relação a aspectos físicos, profissionais ou comportamentais. Esse sinal funciona como um “nome de batismo” visual, criado a partir de características únicas da pessoa — como o jeito de sorrir, o cabelo, uma pinta ou até a forma de se expressar.
“Somente o surdo pode fazer essa definição. É um aspecto cultural da comunidade surda”, esclarece. Além da servidora Helga Pereira, a Câmara conta ainda com os intérpretes Janaína Saraiva e André Amaral.
Caso não haja essa definição do nome, os intérpretes fazem a datilologia, utilizando o alfabeto manual, que representa um empréstimo linguístico do alfabeto que é utilizado na Língua Portuguesa. No caso dos vereadores, como são citados em todas as sessões e Audiência, essa definição facilita na hora de o surdo já identificar quem está sendo citado, com base no “sinal de batismo” da Libras.
A Casa de Leis também oferece curso voltado aos servidores e à comunidade com ensino básico da Língua, com aulas todas as sextas-feiras, ministradas pelas intérpretes Helga e Janaína. No decorrer deste aprendizado, um grupo de surdos é convidado para essa aula, onde os alunos serão batizados, com base nessa observação.
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Milena Crestani
Assessoria de Imprensa da Câmara