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A história de Genevieve Lhermitte inspirou o drama ‘Perder a Razão’ (2012), dirigido por Joachim Lafosse e protagonizado por Émilie Dequenne
A mulher belga que chocou o mundo ao assassinar seus cinco filhos recebeu eutanasia no aniversário de 16 anos dos crimes cometidos por ela. Genevieve Lhermitte tinha 40 anos quando cortou a garganta de seus filhos, com idades variando entre 3 e 14 anos, na casa de sua família, na cidade belga de Nivelles. O marido dela, pai das crianças, estava viajando, visitando sua família em Marrocos, quando ocorreram os crimes.
Lhermitte depois tentou cometer suicídio, mas não conseguiu e ligou para as autoridades locais para denunciar suas ações.
Lhermitte foi condenada à prisão perpétua em 2008, sendo posteriormente levada para uma instituição psiquiátrica em 2019. Partiu dela a opção pela eutanasia – as leis belgas permitem que pessoas optem pela eutanasia caso estejam passando por “sofrimento psicológico insuportável” e expresse isso de forma sã para autoridades e médicos. O advogado dela disse à imprensa internacional que a medida só foi autorizada após a reunião de “várias opiniões médicas”.
A morte de Lhermitte foi confirmada pelos advogados dela e noticiada pelo jornal britânico Daily Mail. Bastante noticiada pela imprensa internacional na época de sua ocorrência, a história de Lhermitte inspirou o filme ‘Perder a Razão’ (2012), dirigido por Joachim Lafosse e protagonizado por Émilie Dequenne e Tahar Rahim. O filme foi premiado com o troféu de melhor atriz, da mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes de 2012, para Dequenne.
Durante seu julgamento, Lhermitte justificou suas ações dizendo que se sentia “desesperada e enclausurada” em casa com as crianças. Ela também expressou seu arrependimento: “Eu dei filhos ao meu marido e os matei. Perdi todas as minhas crianças por minha culpa. Elas não mereciam isso”.
As cinco vítimas de Lhermitte forma Yasmine (14 anos), Nora (12 anos), Myriam (10 anos), Mina (7 anos) e Mehdi (3 anos). O então marido dela entrou com o pedido de divórcio no dia seguinte aos crimes.
