Empresa alega que monitora as ocorrências e acredita em incêndio criminoso
Na última semana, o promotor Adriano Barrozo da Silva, de Brasilândia, instaurou procedimento preparatório para investigar denúncia de incêndios em uma fazenda que pertence à Suzano Papel e Celulose. O relato foi feito por moradores de uma propriedade vizinha.
Conforme a denúncia feita pelos moradores, a Fazenda Portal é vizinha ao assentamento e de responsabilidade da Suzano, onde são plantados eucaliptos. O local já teria sido alvo de queimadas em anos anteriores e a empresa notificada para tomar providências.
Isso, porque as queimadas estariam afetando as famílias que vivem no local. Solicitação inicial seria para que a frente da fazenda fosse fechada, para evitar a entrada de pessoas não autorizadas.
No entanto, a empresa não teria tomado medidas necessárias. Com isso, só em agosto de 2023 foram registrados dois incêndios com menos de 20 dias de intervalo.
A associação aponta que o período de seca acaba se tornando uma temporada de tensão para os moradores, que sofrem com os incêndios. Um grupo foi criado no WhatsApp para que eles possam alertar sobre vestígios de princípio de queimadas.
Por isso, foi feito pedido para providências da Suzano. A empresa encaminhou nota ao Midiamax sobre o tema. Confira na íntegra:
“Em relação a denúncia de incêndios na Fazenda Portal, esclarecemos que a Suzano, enquanto empresa zelosa com suas propriedades, com as comunidades que a circundam e com o meio ambiente, monitora continuamente a ocorrência de incêndios em suas propriedades e identificou que, os últimos incêndios ocorridos neste local possuem características de atividade criminosa. A empresa, inclusive, já denunciou o fato as autoridades de fiscalização e controle.
Além disso, é importante esclarecer que a empresa não utiliza fogo em suas operações. Muito pelo contrário, ele é combatido. A Suzano investe milhões de reais anualmente em uma estrutura de robusta de prevenção e combate a incêndios florestais que vai muito além das suas áreas, mas também atende comunidades que possuem áreas vizinhas as suas fazendas.
São mais de 700 brigadistas atuando na região, além de sistema de monitoramento via satélite, torres de observação de focos de incêndio com câmeras que cobrem praticamente 100% das áreas da empresa, bem como equipamentos e veículos dedicados a combate a incêndios. A empresa esclarece ainda que todas essas informações serão devidamente prestadas ao MPMS”.
Fonte: Jornal Midiamax